Foi com tristeza e pesar que a Escola Portuguesa de Díli recebeu a notícia do falecimento de Crisódio Marcos Tilman Freitas de Araújo.
Crisódio Marcos Tilman Freitas de Araújo, nasceu a 26 março de 1964, em Ainaro, filho de Fernando Araújo e de Ana Romana Freitas, ambos falecidos.
Frequentou o ensino primário no colégio de Ainaro, e depois, o ensino secundário os seminários diocesanos de Dare, Timor-Leste, e em Vila Viçosa, Évora, Portugal.
Depois, continuou os estudos no seminário conciliar de Braga, e ainda no Instituto Superior de Teologia de Braga.
Quando decidiu que o sacerdócio não era o seu caminho, mudou-se para a faculdade de filosofia da Universidade Católica Portuguesa, em Braga, onde também desempenhou cargos ligados ao associativismo universitário.
Contraiu matrimónio com Flora Maria Almeida de Araújo em 1994, na igreja de Caxias, Portugal, e dedicou parte da sua vida na escrita de poemas e textos de apoio à resistência timorense. Ajudou a fundar e dirigiu a ALTIC – Associação Luso timorense de informação e cultura e também o jornal Kaibauk.
Destaca-se também, que enquanto estudante de teologia, revelou-se um estudante brilhante, exímio escritor, tendo sido um dos redatores da revista “Cenáculo” única revista científica de teologia na Península Ibérica.
Regressou a Timor-Leste em 2008, para exercer funções até 2012 como assessor para a língua portuguesa no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. Desempenhou também funções de assessoria no Ministério da Educação e Cultura, e mais recentemente antes do seu falecimento na Secretaria de Estado para a Igualdade de Género.
Foi membro fundador da Comissão Nacional do Instituto Internacional da língua portuguesa (IILP) há mais de uma década, tendo contribuído com inúmeras intervenções e participado em muitas atividades para a promoção e divulgação da língua e cultura portuguesas em Timor-Leste e no mundo.
Citando o doutor Azancot de Menezes “o Crisódio Araújo sempre foi um homem solidário e pronto a ajudar, poeta e homem de cultura da Lusofonia”.
Deixa viúva a D. Flora Maria Almeida de Araújo e dois filhos, o Eng. Marcos Diogo Freitas de Almeida Araújo (que se encontra em Portugal) e o Salvador Almeida de Araújo.
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