Projeto Nacional de Ilustração - Escola Portuguesa de Díli

Afirmou Voltaire, iluminista francês paladino da liberdade de pensamento: 

“A pintura é poesia sem palavras” 

Da mesma opinião foi a associação humanitária de solidariedade social AJUDARIS ao eleger para a 6ª edição do seu Projeto Nacional de Ilustração, o A(R)RISCAR, o tema com o título “Pinturas e Pintores Portugueses”. Este projeto, patrocinado pelo Ministério da cultura e destinado a alunos do 3º ciclo e secundário, visou despertar os jovens concorrentes para a possibilidade de traduzir em linguagem estética a sua sensibilidade, através das artes visuais em geral e da ilustração particular, a partir da observação e interpretação de obras de arte, no caso a pintura. 

Em competição com várias escolas de Portugal continental e por iniciativa da Professora Maria da Conceição Casaca Buxo, a Escola Portuguesa Ruy Cinatti fez-se representar tendo os alunos atingido desempenho brilhante, credor dos encómios da comunidade escolar; cabe acrescentar que os elogios ouvidos não foram, de todo, retóricos, pois a aluna Zara Sampaio, do 3º ciclo – 9º ano, arrebatou o 1º lugar na sua categoria. Observando o arrojo estético da ilustração vencedora, fazendo lembrar o modernismo do início do século XX, sentimo-nos impelidos a citar Picasso quando afirma: 

“Não devemos ter medo de inventar seja o que for. Tudo o que existe em nós existe também na natureza, pois fazemos parte dela”

No dia 20 de outubro, em cerimónia breve, procedeu-se à entrega dos certificados de participação e do prémio conquistado aos alunos envolvidos. Desta cerimónia deixo testemunho do evidente orgulho da professora Maria Buxo no desempenho dos seus alunos e da sua convicção da importância que as artes visuais podem ter no bem-estar das comunidades. Toda a arte é representação da alma e como tal será sempre desconstrução do ódio e exaltação da solidariedade; para exercer esse mister podemos nem precisar de mais que um pau e um bocado do chão que o Homem pisa. Era certamente nisso que a nossa Professora pensava quando terminou a sua singela intervenção na cerimónia citando o Mahatma Gandhi:

“A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte”