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08/10/2024
Um testemunho (muito) pessoal Terça-feira, 10 de março de 2020, 7 horas da manhã. Chegam as mensagens e telefonemas de Acácio de Brito e Filipe Silva, meus amigos de Timor-Leste, com um alerta inesperado e uma notícia marcada por uma lancinante tristeza. Faleceu o Cabé, quando viajava desde Ainaro em busca de apoio médico em Díli. Falei com os amigos lá do bairro, com o João (irmão gémeo inseparável do Cabé), com a Paula (companheira e amiga – porto seguro) e com os amigos de Timor. Precisava falar. Quando em 2017 fui para Timor-Leste ao serviço do Banco Mundial, para liderar a equipa que elaborou o relatório “Análise do Sector da Educação em Timor-Leste” fui falar com o Cabé. Estava em Timor há alguns anos e sabia tudo sobre a vida no país. Foi ele que me deu os primeiros conselhos sobre as atitudes e os comportamentos adequados de um Português naquela encantadora ilha, junto dos nossos irmãos Timorenses. Após a minha chegada, o Cabé e a Paula, faziam questão de vir semanalmente de Maliana a Díli, num jeep alugado, 3 horas de viagem para os 100 km de caminho, só para estarmos juntos ao fim de semana. Foi com o Cabé que fui conhecendo muitos dos Portugueses de Timor-Leste e reencontrei alguns alunos de outros tempos. Foi ali que relembrámos a infância e a juventude em Portalegre. O Cabé era uma figura popular desde a escola primária da corredoura em Portalegre até ao liceu da nossa cidade. Fizemos muita coisa juntos e recordo com saudade os lanches preparados pela D. Madalena para os filhos, Cabé e João Manuel, e para mim, nos intervalos das tardes de estudo e trabalhos de casa. E as épicas jornadas do andebol e do futebol do Atalaião. E as festas e os bailes e os nossos primeiros carros e as namoradas e tudo. O Cabé foi desportista e forcado também. Depois do liceu, fez o magistério e iniciou a sua carreira de professor do ensino primário. Trabalhou na educação de adultos. Fez o curso de sociologia na U. Évora e de administração escolar no Politécnico de Portalegre. Foi um dos grandes entusiastas da introdução dos computadores na educação. Nos anos 80-90 trabalhámos juntos na ESE de Portalegre, principalmente no projecto MINERVA que coordenei com o Mário Ceia e que teve impacto na educação do Alto-Alentejo. O Cabé foi deputado municipal, foi director de um centro de formação profissional do IEFP, foi membro da comissão organizadora do campeonato europeu das profissões, foi Subdelegado Regional da Delegação Regional do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Preparou a criação de centros de formação profissional em Angola e em Cabo Verde. E, depois de tudo isto, sem problema, voltou à sua condição de professor primário, numa pequena escola na serra de S. Mamede, em S. Julião, na fronteira com Espanha. Em 2013 foi para Timor-Leste, trabalhar no CAFE – 13 Centros de Aprendizagem e Formação Escolar distribuídos por todo o país que envolvem mais de 200 professores, cerca de 140 portugueses, e mais de 6000 alunos Timorenses. Um projecto da maior relevância para o desenvolvimento da educação em Timor, especialmente na formação de professores, no ensino da Língua Portuguesa e no ensino em Português. O Cabé trabalhou em escolas de Maliana, Oecusse e Ainaro e foi coordenador dos CAFE locais em várias ocasiões. E sei que contribuiu com a sua dedicação e empenhamento para a formação de muitos professores e para o melhor desenvolvimento pessoal e social de muitas crianças Timorenses. Recordo ainda o entusiasmo com que meteu mãos à obra para levar uma biblioteca de Portugal para Maliana. Moveu montanhas aqui em Lisboa e em Portalegre, nomeadamente junto dos Institutos Politécnicos, e também em Timor Leste em articulação com o então Ministro da Educação António da Conceição e com o então embaixador de Portugal em Díli, Manuel Gonçalves de Jesus, bem como com o actual representante diplomático – embaixador José Pedro Machado Vieira. Os livros chegaram a Díli e depois a Maliana. Justo seria que, estando a funcionar e aberta à comunidade, a biblioteca recebesse o nome de quem tanto pugnou pela sua existência – Carlos Alberto Martins Vintém (Cabé). Tenho conhecimento de que, tanto o Governo Português, através do ME, da DGAE e da Embaixada de Portugal em Díli, como o Governo Timorense, através do ME e da DGPPP, têm participado nas merecidas homenagens já realizadas e tudo têm feito para assegurar o rápido repatriamento do Cabé. Honra lhes seja feita. O Cabé honrou a participação de Portugal no processo de desenvolvimento de Timor-Leste. A família do Cabé, os colegas do CAFE e as autoridades de educação, Portuguesas e Timorenses, têm razões de sobra para estarem orgulhosos. Orgulhosos do pai, irmão ou companheiro, orgulhosos pela forma como representou o esforço de Portugal na educação em Timor, orgulhosos pelo contributo que deu à educação das crianças e à formação dos professores Timorenses. Por mim, sinto um enorme orgulho por ter tido um amigo como ele. Num dos últimos jantares que fizemos em Díli, fomos a um restaurante de um casal luso-indonésio que tem um karaoke. Já noite dentro, lembrei-me que o Cabé também cantava umas coisas, com a afinação aprendida no coro da igreja em Portalegre. Nenhum dos presentes lhe conhecia tal faceta. Aceitou cantar a “menina das tranças pretas” e foi o sucesso da noite. Ao que soube mais tarde, nunca mais houve karaoke sem o Cabé em palco. Por isso, espero que quando nos voltarmos a encontrar nos cantes de novo e nos contagies com a tua alegria. Até lá Cabé. Manuel Miguéns, Secretário Geral do Conselho Nacional de Educação (CNE) Março de 2020
O desaparecimento prematuro do Cabé entristece-nos! Não posso, não devo e nem quero deixar de publicamente manifestar à família, aos seus mais chegados e amigos as sentidas condolências. A divulgação e ensino da língua e cultura portuguesas, hoje ficou mais pobre. Um dos seus alicerces, na construção de um projeto ao serviço da Língua e Cultura portuguesas partiu, acreditamos, para um mundo melhor. Que o seu exemplo e dedicação seja frutificado pela nossa ação quotidiana. Obrigado! A Deus rogamos que Junto de Si lhe dê o descanso eterno. Acácio de Brito
Durante a Semana da Leitura e da Língua Portuguesa, ficou demonstrada a cooperação entre Escola e Encarregados de Educação. Uma das atividades reveladoras dessa cooperação, foi a realização de leituras por parte de Encarregados de Educação que, de forma voluntária, se ofereceram para ler aos alunos do pré-escolar e primeiro ciclo. Estas sessões foram uma experiência bastante gratificante para todos; alunos, encarregados de educação e professores. Os nossos parabéns aos Pais Voluntários da Leitura, Bernabé Barreto, Gina Amaral, José Amaral, Julieta dos Santos e Miguel Gomes. A todos eles, o nosso sincero agradecimento pela disponibilidade em nos presentearem com estas sessões que proporcionaram aos alunos momentos únicos de exploração de um conto ou poema.
A semana da Língua Portuguesa organizada pelo departamento do 1º ciclo decorreu com diferentes atividades de forma transversal e em articulação vertical com os diferentes ciclos, sempre que possível, e sob o lema “Eu gosto é de falar”, o hino da Semana da Língua Portuguesa, gravado pelo 3ºB. A turma do 11ºB e a professora Brigitte, associaram-se ao 2ºC e 2º D na construção do origami do tsuru , a ave sagrada japonesa, que significa paz, felicidade e boa sorte, para oferecer ao escritor Helder Magalhães nas videoconferências, uma forma de descrever, e retribuir, o nosso agradecimento ao escritor; Os nossos alunos, na exploração da obra “ o Menino dos caracóis” corresponderam ao desafio do autor e foram ilustradores. Deram asas à sua imaginação e colocaram o nosso Presidente da CAP a assistir aos jogos de futebol do 2ºD; O concurso “Soletrando”, envolveu as turmas do 1º e 2º ano, numa competição renhida, primeiro intra turmas e depois interturmas; As turmas do 3º e 4º ano, disputaram o concurso” Quem quer ser Milionário” que, de uma forma inter disciplinar abarcou os conteúdos programáticos. Foi um sucesso; Realizaram-se sessões de cinema em Português para todas as turmas do 1ºciclo. Em contexto de sala de aula, os diferentes episódios do Tom Sawyer vistos, foram explorados de forma intencional promovendo o desenvolvimento linguístico dos alunos, a criatividade, atenção e concentração de forma lúdica; A rádio EPD, transmitiu uma programação diferente, colocando alunos e professores a cantarolar e dançar músicas infantis intemporais; Ao longo da semana, os diferentes ciclos, alunos e comunidade educativa foram desafiados a deixar a sua opinião no painel “Aprender em Português. Falar Português. Porquê e para quê?”, exposto no átrio central da escola. As conclusões deste painel de opinião serão apresentadas no próximo dia 5 de maio, Dia da Língua Portuguesa. A Biblioteca Escolar, no âmbito da Semana da Leitura, cooperou com a semana da Língua Portuguesa com a animação de leituras e Pais Voluntários na animação histórias para o pré escolar e 1º ciclo. A todos, em especial aos encarregados de educação, que de forma admirável, colaboraram nas atividades propostas de forma direta ou indireta, o nosso muito obrigado. Parafraseando o hino da semana da Língua Portuguesa: Tudo o que nós queremos é, em harmonia, crescer.
A abertura da Semana da Língua Portuguesa, teve início com uma videoconferência com o escritor Helder Magalhães, que reside em Vizela, Portugal. Tendo trabalhado a obra “O menino dos caracóis”, uma das várias produções literárias do autor, os alunos dos segundo, terceiro e quarto anos da nossa escola, tiveram a possibilidade de, entre outras questões, inquirir o autor sobre a sua singular história de vida, sobre as suas estratégias de criação, as principais dificuldades que sente ao conceber uma obra literária e quais os seus sonhos e pesadelos. Ao autor, Helder Magalhães, o nosso sincero agradecimento pela disponibilidade com que acedeu aos nossos variados pedidos, e principalmente, pela simpatia e amabilidade com que interagiu com os alunos e lhes permitiu esta experiência singular que é entrevistar um escritor.
O pequeno mês de fevereiro foi grande em leituras e ensinamentos no âmbito do Projeto “Mais Vale Ler Mais” do 2.ºD.“O macaco do rabo Cortado” e “O Príncipe com orelhas de burro” foram as histórias trazidas pelo Sebastião, a irmã Camila e a mãe Joana Pinheiro.Deliciamo-nos com a dramatização das histórias por parte do Sebastião e da Camila e fomos os ilustradores da capa e das histórias.Aprendemos que não devemos deixar-nos afetar pela troça dos outros, devemo-nos aceitar como somos e não fazer como o macaco que fazia e logo se arrependia.O príncipe com orelhas de burro ensinou-nos que ninguém é melhor que ninguém e a todos devemos tratar com respeito.O Malquiel e a avó, a D. Imaculada, trouxeram-nos “A Girafa que comia estrelas”. A bela história de uma improvável amizade entre uma girafa e uma galinha preta que fez o seu ninho nas nuvens e, juntas, conseguiram salvar a savana de uma seca extrema.Nem o pai nem a irmã do Michael conseguiram estar presentes mas, o Michael, corajoso, encarou os colegas e leu a história “ Orelhas de borboleta”. A história da Mara que tinha orelhas de borboleta. Compreendemos que é na diferença de cada um de nós que está a beleza do mundo.OBRIGADA, sem vocês não era possível.
Para assinalar a Semana da Leitura, que decorre entre os dias 2 a 6 de março, o Plano de Cinema e a Biblioteca Escolar irão promover uma sessão de cinema na Escola Portuguesa de Díli, no dia 5 de fevereiro, quinta-feira, pelas 18:30.O Clube dos Poetas, um drama de Peter Weir, lançado em 1989, foi o filme escolhido para assinalar esta data, pois este retrata a forma como um grupo de jovens, sabiamente conduzido pelo seu pouco ortodoxo professor de Inglês, descobre a magia da literatura.A sessão, que terá lugar na Sala de Música, é gratuita.ParticipaCarpe diem!
Dando cumprimento a um dos seus objetivos – conceber e realizar atividades formativas tendo em vista o enriquecimento do trabalho curricular -, a Biblioteca Escolar promove uma sessão de esclarecimento sobre a Violência no Namoro, dinamizada pela Drª Nurima Alkatiri. Com esta sessão, pretende-se não só assinalar o Dia da Mulher, celebrado no dia 8 de Março, mas também desenvolver uma das temáticas da Educação para a Cidadania.
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