Neste início de ano letivo, a Biblioteca da Escola Portuguesa de Díli teve o privilégio de receber a oferta de novos títulos, oferecidos pelos próprios autores. “Uma viagem a Paris”, texto de Ana Sofia Martins e ilustração de Flor Gomes, chegou-nos pela mão da própria ilustradora, Flor Gomes, que temos o privilégio de fazer parte do nosso corpo docente. O fundo documental conta agora também com três títulos da escritora Lourdes Custódio, “Histórias no jardim de infância – arvontade – o país das arvores”, “Dias especiais no jardim de infância” e “Novamente no jardim-de-infância”. Foi portadora desta deliciosa oferta para os nossos leitores mais pequeninos, uma amiga da autora, educadora de infância na EPD. Às duas autoras, o nosso muito obrigada!
Discurso do Presidente da CAP, Dr. Acácio de Brito Excelências, Senhor Embaixador de Portugal, Dr. José Pedro Machado Vieira Senhoras e senhores professores Senhoras e Senhores funcionários Pais e Encarregados de Educação Estimadas alunas e alunos De modo preambular, permitam-me congratular-me com a decisão governamental da RDTL, que permite ao abrigo da Circular n.º 387/DGEE/MEJD/IX/2021, verificadas as condições previstas, a reativação do ensino presencial. Quero, também, neste primeiro momento prestar público agradecimento pelo trabalho de missão, abnegação pessoal e profissional de todos aqueles que num momento muito difícil dizem, estamos aqui, permitindo que hoje todos nós possamos desenvolver o nosso mister e, que esta nossa escola possa dar cumprimento à sua atividade primeira, dando cumprimento de uma obrigação basilar, Manter a Escola Portuguesa de Díli um espaço de referência da língua e da cultura portuguesas, exigente nos propósitos, qualificante e qualificadora dos recursos humanos. Se o desiderato primeiro, a promoção e difusão da língua e da cultura portuguesas, bem como dos laços linguísticos e culturais entre Portugal e Timor-Leste, a contribuição para a promoção socioeducativa dos recursos humanos proporcionando uma formação de base cultural portuguesa, deve constituir um objetivo estratégico. Excelências, Caros amigos A cada um se deve um pouco, muito do que é hoje a Escola Portuguesa de Díli. Estas rotinas também são parte da identidade da nossa Escola e encerram em si o desafio da continuidade na ambição de construir uma comunidade educativa de qualidade a que todos se orgulhem de pertencer. E boas rotinas, a exemplo, a publicação da nossa revista Tempo, que convidamos cada um de Vós a fazer uma leitura de um espaço literário feito por nós, mas em serviço da língua e culturas portuguesas, cumprindo-se o desiderato da lusofonia. Num segundo momento, um sentido bem-vindo a todos, mormente todos aqueles que iniciam nesta hora funções na nossa Escola Portuguesa de Díli e aos que regressam à nossa Escola. Minhas Senhoras, meus senhores A situação pandémica que vivemos veio reforçar a importância dos professores na educação das crianças, jovens e adultos. Os desafios diários, os novos modelos de viver e sentir os espaços escolares, as novas experiências pedagógicas, exigiram aos docentes a capacidade de se reinventarem, no qual todos têm vindo a desenvolver um trabalho inexcedível, dando resposta às diferentes realidades. Hoje, queremos enaltecer o trabalho dos docentes e o papel crucial que desempenham para uma educação inclusiva, equitativa, sustentável e de qualidade para todos. Minhas Senhoras, meus senhores Esta nossa comunidade educativa é constituída maioritariamente por timorenses, com cerca de 300 crianças a frequentar a EPE e 800 alunos que frequentam desde o 1.º ano ao 12.º ano. Com uma lista de espera de cerca de 500 crianças e alunos. Como já anteriormente afirmado, é a esta comunidade educativa, empenhada e promotora – num clima afável e colaborativo – de valor acrescentado para Díli e Timor-Leste, porque sustentada em relações profissionais e laços de solidariedade entre todos os atores educativos, que se renova o desafio de assumir a responsabilidade de exigir e construir para a Escola Portuguesa de Díli um ensino de qualidade. Mas consideremos, a educação não numa dimensão abstrata, mas com seres humanos concretos. É uma das especificidades substantivas das Escolas Portuguesas no Estrangeiro, em particular esta nossa em Timor-Leste, mantermos estima e consideração pela nossa casa, segundo Pessoa “Minha Pátria é a Língua Portuguesa”, e, nós plasmamos, a nossa casa comum é a língua, com nuances e linguarejares diferenciados, mas sempre Língua Portuguesa. Escola multidisciplinar, inclusiva e determinante num futuro que não renegando o passado se constrói neste presente tão incerto. Porque procuramos compreender o meio envolvente e os anseios e expectativas dos jovens e das suas famílias, esta comunidade educativa organiza a sua oferta educativa, contextualizada e personalizada. Com sentido. Espera-se agora que seja geradora de intervenções educativas adequadas, indutoras de um processo formativo de melhor qualidade! Neste ano letivo de 2021/2022, atípico e excecional pelo tempo pandémico que vivenciamos, mas na senda dos anteriores, requer a conjugação de vontades e esforços no sentido de dotar a Escola Portuguesa de Díli de uma maior capacidade de resposta aos problemas que se nos colocam e procurar uma melhor integração dos nossos alunos no meio em que se movimentam, perspetivando o sucesso desejado. Com o empenho, disponibilidade, entrega e aposta na qualidade de todos, vamos continuar a rever-nos, com orgulho, na Escola Portuguesa de Díli que todos ajudamos a construir, com um agradecimento especial, ao nosso Embaixador, José Pedro Machado Vieira e em V.ª Ex.ª, um cumprimento a toda a sua equipa pelo apoio substantivo, sempre, mas sempre, presente. Obrigado. Disse. Díli, 20 de setembro de 2021 Discurso do Sr. Embaixador de Portugal, Dr. José Pedro Machado Vieira Ex.mo Senhor Ministro da Educação, Juventude e Desporto, Ex.mos Membros do Conselho de Patronos da Escola Portuguesa Ruy Cinatti, Ex.mo Senhor Diretor da Escola Portuguesa Ruy Cinatti, Ex.mos Encarregados de Educação, Ex.mos senhores e senhoras aqui presentes, Caros professores e alunos, Quero começar por agradecer o convite para estar presente e por ter a oportunidade de vos dirigir umas breves palavras, nesta cerimónia de abertura do ano letivo 2021/2022. A situação pandémica da COVID-19 que continuamos a viver no presente ano de 2021, tem representado, à semelhança do ano anterior, grandes desafios e retrocessos para o setor da educação, tanto a nível nacional, como a nível mundial. Segundo a UNICEF, as consequências da pandemia estão a gerar uma crise sem precedentes, que terá efeitos nefastos para esta geração de crianças e jovens. Os dados são alarmantes: cerca de 77 milhões de estudantes têm o acesso limitado às instituições de ensino e a conteúdos disciplinares; um em cada três estudantes está sem acesso às aulas de forma remota há mais de um ano e meio; mais de 1,8 biliões de horas em sala de aula já foram perdidas. Perante este contexto, a Escola Portuguesa Ruy Cinatti tem envidado todos os esforços para garantir o acompanhamento dos seus alunos, desde o nível da educação pré-escolar ao último ano de escolaridade. A Escola tem procurado aperfeiçoar
Foi com tristeza e pesar que a Escola Portuguesa de Díli recebeu a notícia do falecimento de Crisódio Marcos Tilman Freitas de Araújo. Crisódio Marcos Tilman Freitas de Araújo, nasceu a 26 março de 1964, em Ainaro, filho de Fernando Araújo e de Ana Romana Freitas, ambos falecidos. Frequentou o ensino primário no colégio de Ainaro, e depois, o ensino secundário os seminários diocesanos de Dare, Timor-Leste, e em Vila Viçosa, Évora, Portugal. Depois, continuou os estudos no seminário conciliar de Braga, e ainda no Instituto Superior de Teologia de Braga. Quando decidiu que o sacerdócio não era o seu caminho, mudou-se para a faculdade de filosofia da Universidade Católica Portuguesa, em Braga, onde também desempenhou cargos ligados ao associativismo universitário. Contraiu matrimónio com Flora Maria Almeida de Araújo em 1994, na igreja de Caxias, Portugal, e dedicou parte da sua vida na escrita de poemas e textos de apoio à resistência timorense. Ajudou a fundar e dirigiu a ALTIC – Associação Luso timorense de informação e cultura e também o jornal Kaibauk. Destaca-se também, que enquanto estudante de teologia, revelou-se um estudante brilhante, exímio escritor, tendo sido um dos redatores da revista “Cenáculo” única revista científica de teologia na Península Ibérica. Regressou a Timor-Leste em 2008, para exercer funções até 2012 como assessor para a língua portuguesa no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. Desempenhou também funções de assessoria no Ministério da Educação e Cultura, e mais recentemente antes do seu falecimento na Secretaria de Estado para a Igualdade de Género. Foi membro fundador da Comissão Nacional do Instituto Internacional da língua portuguesa (IILP) há mais de uma década, tendo contribuído com inúmeras intervenções e participado em muitas atividades para a promoção e divulgação da língua e cultura portuguesas em Timor-Leste e no mundo. Citando o doutor Azancot de Menezes “o Crisódio Araújo sempre foi um homem solidário e pronto a ajudar, poeta e homem de cultura da Lusofonia”. Deixa viúva a D. Flora Maria Almeida de Araújo e dois filhos, o Eng. Marcos Diogo Freitas de Almeida Araújo (que se encontra em Portugal) e o Salvador Almeida de Araújo. Que a sua alma repouse em Paz.
Decorreu, no passado dia 13 de julho de 2021, na Biblioteca Escolar, a entrega de prémios e certificados aos alunos que participaram nos concursos “Ruy Cinatti nasceu a 8 de março” e “A Poesia das Profissões”, e no jogo “GlóriNet EPD Segura”, atividades promovidas pela BE, ao longo deste ano letivo. Para além dos alunos vencedores, estiveram presentes na cerimónia professores, pais, encarregados de educação e alguns alunos. Os diplomas foram entregues pelo Senhor Presidente da CAP, Acácio de Brito, pelo Subdiretor da CAP, Paulo Gonçalves e pela Assessora da CAP, Margarida Oliveira.
Informa-se que as matrículas para o Pré-Escolar decorrem entre 2 e 6 agosto de 2021